A primeira jornada do campeonato ficou marcada por vários
factores, vou começar do menos relevante para o mais relevante.
1 º Facto: O campeonato de futebol começou sem transmissão
em canal aberto, facto ainda mais revelante pelo facto das enormes dificuldades
que alguns portugueses terão em acompanhar o futebol, como se ainda não
bastasse o canal público da TV, anunciou que chegou a acordo com a Sport TV
para transmissão através dos seus canais internacionais. Nada tenho contra os
portugueses que para melhorar a suas vida emigraram, aliás parece que para
manter alguns direitos fundamentais o resto da população terá que seguir estes
pioneiros, mas é impressionante a diferenciação de tratamentos, sendo que os
portugueses de 2ª são aqueles que direta e indiretamente sustentam o serviço público
de televisão.
2º Facto: Um dos argumentos da criação da Liga Profissional,
foi dar atenção a um ramo do futebol que não podia ser amador, foi tornar mais dinâmico
e menos burocrático as decisões, a realidade é que após o pedido de
transferência de campo por parte da olhanense, tal não foi atendido quer para a
1ª, quer para a 2ª dando nos logo para abertura de campeonato um relvado
impróprio para amadores.
3º Facto: Os quatro favoritos ao titúlo utilizaram entre si
12 portugueses em 48 jogadores, sendo que mais uma vez o Benfica foi o que
utilizou menos (0) e o Braga o que utilizou mais (6).
4º Facto: Número de empates na 1ª Jornada foi de 6, sendo
que os de destaque foram os dos Vitórias e o da Académica
Análise da 1ª Jornada
Olhanense ganha num jogo em Fernando Alexandre se destacou,
e em que demonstra a dificuldade que o Estoril vai ter neste campeonato.
Rio Ave, fez estrear uma equipa praticamente inteira e as
dificuldades perante um Marítimo bem organizado, sempre pronto a fazer
transições rápidas foi evidente, existiram alguns jogadores em destaque que
podem ser figuras de ambas as equipas Marcelo e Filipe Augusto (Rio Ave) e
Danilo Dias e Fidelis( Marítimo)
O jogo na luz começava com um grande nº de dúvidas se Aimar
jogaria, se iria jogar algum português pelo Benfica, se Melgarejo jogaria a
defesa esquerdo e se o Braga continuaria a
ser aquela equipa consistente que nos habituou nos últimos anos.
Com a colocação de Ruben Amorim do lado esquerdo, o objetivo
de Peseiro era simples, impedir uma das armas atacantes do Benfica, Maxi
Pereira de atacar, e nos primeiros 10 – 15 minuto controlou o encontro e criou
a primeira oportunidade, mas o Benfica através da recolocação de Salvio e a
influência de Witsel, muda o sentido do jogo acaba a atacar e por cima do Braga
obrigando Beto a intervir, anulando completamente Alain o que leva a pensar que
Melgarejo vai fazer um excelente jogo
Na 2ª parte aparece finalmente Rodrigo a desequilibrar e
Golo de Salvio até aí muito preso. Benfica galvaniza-se só que num cruzamento
muito bem conseguido de Ismaily começa o pesadelo de Melgarejo, marca golo na
própria, apartir daí não será o mesmo e o Braga aproveita bem e faz a
reviravolta. Jesus mexe e a entrada de Aimar tem o condão de despertar do
pesadelo e num penalty evidente consegue o empate. Até ao fim do jogo o Benfica
tente mas não consegue, acabando o Jogo com um empate que se pode considerar
justo.
O Setúbal conseguiu a primeira surpresa ao empatar na casa
do Nacional por duas bolas, com menos um jogador, desde os 70m altura que sofre
o 1º golo, sendo que o Moreirense empatou a um com um golo de F. Espinho.
Vítor Pereira, mandou às malvas todas aquelas frases
características de princípio de época, não esteve com qualquer problema e deu a
titularidade a Hulk, na 1ª parte com Mangala a defesa esquerdo e James
Rodriguez a fletir para dentro, o jogo exterior do Porto ficou reduzido a
alguns arranques de Hulk e às subidas de Miguel Lopes. Porto que dominou por
completo um Gil Vicente mais preocupado em não se desequilibrar do que em
atacar. Com um Jackson e Hulk muito ativos as oportunidades sucederam-se a um
bom ritmo mas sem serem muito nítidas, apesar de Lucho ter visto e bem um golo
seu anulado por Off-Side.
Na 2ª parte Porto arrisca ainda mais com a saída de Fernando
e Mangala, com a entrada do Alex Sandro e Kleber, derivando Hulk para o lado
direito e a pressão acentua-se, com a entrada de Atsu por James, Hulk fica mais
livre e as jogadas conduzidas por ele são constantes no entanto e apesar da
enorme pressão do Porto o empate a 0 mantem-se.
Sporting começa com um 4x2X3X1, em que Adrien tem um lugar
de destaque, contra um Guimarães em que a presença de Ricardo (ex-junior) e
André André (ex- Varzim) são praticamente as únicas entradas em relação à época
passada
Guimarães começa melhor sobretudo pela influência do
ex-Varzinista em que as suas intervenções desequilibram as acções a seu favor.
O sporting tenta ripostar através dos seus extremos, mas sem grande perigo. Foi
só aos 23 m que o SCP teve uma oportunidade e foi quando o Elias, apareceu um
pouco mais á frente desequilibrando a defesa do Guimarães.
Numa 1ª parte sem grandes motivos de interesse, o empate a 0
não surpreendia. O SCP com a entrada de André Martins, faz um começo de 2ª
parte bastante pressionante, mas aos 20 m da 2ª parte com a entrada de Marco
Matias, Guimarães reequilibra o jogo. Sá Pinto responde com a substituição de
Gelson por Labyad e volta novamente a dominar o jogo, mas sem grandes
oportunidades aceitando-se o empate a 0.
A jornada acaba com o resultado surpreendente, a Académica
com menos 1 e a perder por 3 consegue empatar o jogo em que o destaque foi o 2º
golo do Beira-Mar
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